quarta-feira, 11 de julho de 2007

Identidade e educação

O conceito de Identidade muito presente nos discursos educacionais está sujeito a um debate controvertido e sofre forte carga ideológica.
As disciplinas escolares que mais abordam esse tema são Historia e Geografia sempre ligando-o a cidadania. Em consenso os educadores valorizam Identidade, mas ainda falta leitura e mais discussões a respeito. Vamos usar nosso blog para juntarmos o que pensamos sobre o assunto?
Pela tradição humanista, a educação tem se preocupado em despertar nos alunos o interesse pela compreensão “de quem somos?”, e “como somos conscientes de nossa identidade?”. Para isso é claro precisamos nos voltarmos a questões ligadas a identidade humana. Temos que buscar no passado social (cultural) e particular (familiar) pois precisamos de nossa identidade para podermos “olhar o outro”. Identidade se forma no movimento dialético entre o cultural e social e individual.
Sabemos que a disciplina escolar História teve uma grande preocupação com a formação da Identidade Nacional, e que a escola pregava a mito da igualdade racial. Quem de nós em qualquer momento da vida estudantil não leu a respeito das “três raças formaram o povo brasileiro índio, negro e branco”. Sempre colocados artificialmente no mesmo patamar de importância.
E hoje frente à globalização, onde mais que a raça o que discrimina e exclui é a classe social, achamos que um debate sobre identidade torna-se muito importante para que os professores possa situar-se nessa intrincada questão.
Segundo Silvia Novaes (1993: 24)

É importante perceber que o conceito de identidade deve ser
investigado e analisado não porque os antropólogos decretam
sua importância (diferente do conceito de classe social, por
exemplo), mas por que ele é um conceito vital para os grupos
sociais contemporâneos que os reivindicam.

A identidade é muito utilizada no plano do discurso para a criação de um coletivo generalizado que esvazia o sentido. Por exemplo: os discurso começam assim: “nós índios, nós professores, nós negros , nós mulheres”. Esses “nós” se referem no discurso a uma identidade que pretende a obtenção de uma igualdade, mas que na realidade, não se verifica de maneira muito efetiva.
A identidade pode ser formada e transformada, continuamente, de acordo com a forma como é representada nos sistemas culturais que a rodeiam.
Nessa linha, podemos pesquisar por que as pessoas possuem diferentes raízes de uma mesma identidade, adquiridas nos diferentes ambientes que freqüentam.

Vamos pesquisar juntos sobre esse instigante tema?
O blog poderá nos ajudar!

Abraços Hélia